Pol Vaquero em Vitória
Eu sei, eu sei… vou puxar um pouco a sardinha pro meu lado! Mas já disse que pretendo virar jornalista, e isso é o que eles mais fazem! Hahaha!!! E a causa é justa gente, eu garanto!
É o seguinte, o bailaor Pol Vaquero virá a Vitória (ES), onde eu, dona desse blog, moro! Do dia 26 a 30 de abril e 1º e 3 de maio ele participará do projeto Conexões Espanha (do Toca Madeira Produções e do Projeto Alma Flamenca) e do III Festival de Arte Flamenca do ES (que a Alma Andaluza, onde eu danço, organiza), respectivamente.
Pol dará aulas e ainda apresentará um show no dia 3 de maio no teatro da UFES. Vale muito a pena conferir! Quem não for daqui junta uma graninha e vem, porque além de conhecer uma cidade linda, vai curtir um grande bailaor espanhol dançando flamenco! Quer coisa melhor???Â
Mas e você aà que não entende de flamenco está se perguntando… “e quem cargas d’água é Pol Vaquero???” Hum… isso é assunto pro próximo post!!!Â
Retomada
Voltei! Depois de um perÃodo ausente, curtindo umas boas férias, resolvi dar continuidade a este blog! E ontem a noite, pensando no que escrever, tive a idéia de mudar o nome do blog! O anterior “E que seja perdido o único dia em que não se dançou…” era muito grande, mas não nego sua grande e profunda beleza!!! Agora o blog se chama “Dançando”.
Numa época em que o gerúndio é atacado de todos os lados (e até proibido), não consegui expressar o que é a dança sem usá-lo. Afinal, não é algo passado, nem futuro… o que dançamos é o agora, o que sentimos naquele instante. Daàme veio o gerúndio!
Com novo nome, mas com o mesmo empenho de antes, o blog volta a ativa! Como sempre tentarei abordar os assuntos acerca da dança com um texto divertido, além de inserir fotos e vÃdeos (afinal de contas, onde já se viu dança parada??).Â
Será o último?
Esse é o último post do blog antes do perÃodo terminar! Pois é… passou rápido e realmente adorei escrever aqui! Ainda não decidi o que será feito daqui pra frente mas penso em continuar atualizando. Só não sei se manterei a periodicidade de três vezes por semana, que é bem puxada!
Faço agora uma breve avaliação do que foi o blog até esse momento e a experiência que me trouxe. Comecei o blog com a proposta de tratar de um tipo de dança por mês, começando do ballet. Mas… quando estava na segunda modalidade, o flamenco, percebi que alguns leitores que estavam acompanhando a série de ballet abandonaram a leitura. Uma pena!
Foi assim que trouxe a outra proposta, de tratar de assuntos diversos do meio da dança, sempre falando um pouco de uma modalidade. Foi muito bom porque assim me senti mais livre para realmente escrever sobre o que estava afim no momento.
Reconheço que com o tempo aprendi a lidar melhor com as ferramentas do wordpress, mas ainda não é o suficiente! Na medida do possÃvel linkei o texto com outros blogs e páginas da internet e procurei fotos e vÃdeos para tornar a leitura mais dinâmica e aproveitar os recursos da web.
Na medida em que fui caminhando aqui percebi a falta de blogs sobre dança. Geralmente, pelo menos dentre os quais eu achei, eles falam de alguma academia em especial, mas sem generalizar (admito que talvez se procurasse mais encontraria algumas coisas além…).
Isso foi uma dificuldade, já que não me pude tirar a experiência em nada prévio, mas também foi muito bom e produtivo, porque tive que correr atrás de assuntos novos, assim como qualquer jornalista que se preze! E ainda fiz as coisas do meu jeito, quebrando a cara (como já contei antes) e consertando o que achei que estava ruim.
Espero que também tenha sido muito bom para vocês até aqui. Realmente acho que este não é o último post do blog, mas as férias estão chegando (sol e mar são uma beleza, né?!) e só com tempo saberemos o que será deste blog!
Valeu pela leitura!!!  Â
Paranauê paranauê paraná…
Quem nunca ouviu esse refrão ali de cima? Pois é… um blog de dança falando sobre capoeira. É dança? É esporte? É luta? É tudo isso junto? Isso mesmo, a capoeira é a junção de tudo o que foi citado e por isso mesmo me sinto no direito de falar dela!
Admito que não entendo muito sobre a capoeira. O que posso dizer é que fico encantada sempre que vejo uma roda. Os movimentos são incrÃveis e a filosofia é mais bonita ainda. O capoeirista não tem o intuito, pelo menos na maioria das vezes, de terminar o golpe e machucar o adversário, mas apenas de demonstrar que ele poderia ter sido aplicado.
Dessa forma estabelece-se uma relação de respeito e brincadeira com o oponente, ao mesmo tempo que há certa provocação e disputa. O instrumento mais marcante de uma roda de capoeira é o berimbau. É ele que dá o ritmo e o andamento do jogo.
Assim como numa luta, os movimentos não são coreografados mas não podemos negar que assistir à um jogo é um belo espetáculo de dança. A entrada da música na capoeira remonta suas origens. Os escravos, que vieram da Africa para o Brasil, eram proibidos de praticar lutas marciais por seus senhores.
Assim, numa forma de disfarçar o que faziam, foi introduzida a música e as letras. Hoje é impossÃvel desvincular uma da outra. Além do berimbau também compõem os intrumentos o atabaque, o pandeiro, o agogô e o reco reco.
Forrozinho bom d+!!!
Pois é… já estava com saudade! Tem quase dez dias que não escrevo aqui e senti falta do espaço para me expressar! Então voltei!!!
Na tarde de hoje, quarta-feria, estava pensando no blog e ouvindo música quando me deu um estalo! Meu deus… não escrevi sobre forró aqui!!! Isso é um absurdo! Logo eu, que amo dançar E ouvir forró (o que justamente eu fazia nesta tarde). Então, cá estou eu!
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Luiz Gonzaga, grande Ãcone do forró
O forró tem um ritmo muito gostoso e eu costumo falar que só não gosta quem não sabe dançar. E também, só não sabe dançar quem não quer! Tenho o exemplo vivo: meu namorado dizia que odiava forró e nem se mexia quando a música tocava (o que eu achava impossÃvel). Mas… ficando comigo resolveu aprender. Hoje é um “pé-de-valsa”, ou melhor, “pé-de-forró”.
O forró é uma denominação que compreende diversos ritmos, como o baião, pé de serra, xaxado e xote e tem sua origem no Nordeste. Já ouvi dizer que o termo nasceu do inglês “for all”, que queria dizer que esta é uma dança para todos. Mas o mais aceito é que ele vem da redução de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão e farra.
Como estou no EspÃrito Santo, não posso deixar de indicar que visitem Itaúnas, o berço do forró capixaba e universitário. Confesso que nunca fui, mas prometo que dessas férias não passa!!! Inclusive, o pessoal do Falamansa, no DVD ao vivo, conta um pouco da história do grupo e de como Itaúnas esteve presente nela.   Â
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Dança com as cadeiras
Confesso que esse final de perÃodo da faculdade está bem apertado e ter idéais para postar no blog é cada vez mais difÃcil. Então, rodando e procurando assuntos para escrever aqui encontrei o blog Você não viu, da onde tirei inpiração para o que falo agora.
Já falei aqui de algumas exigências que o ballet clássico impõe para quem quer seguir carreira. Mas, como fiz questão de dizer, isso não deve impedir que meninas busquem a alegria de dançar. E limites maiores do que esse também não.
Nunca tive a oportunidade de ver um espetáculo montado com cadeirantes, somente pela televisão. Mas é fácil de perceber a força que eles carregam. Fugindo dos limites impostos pela vida, diversos grupos pelo Brasil se apresentam emocionando platéias. Eles mesmos sabem dos grandes benefÃcios que a prática da dança traz, sendo, inclusive, uma etapa do tratamento terapêutico de alguns.
Com raÃzes na dança moderna, os cadeirantes auxiliam para o desenvolvimento dessa modalidade já que sua proposta é de inovação nos movimentos e descoberta de novos movimentos corporais.
Para quem quiser mais informações, saber sobre a história dessa dança e até sobre competições na modalidade, sugiro o site da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas. Â
A arte de querer fazer arte!
No inÃcio do mês de dezembro se encerrará um grande ciclo da vida de uma querida amiga. StefaNINE Ricciardi irá se formar pela primeira turma da escola de dança do Bolshoi Brasil. Logo que soube da formatura uma pergunta não saiu de minha cabeça: o que ela fará depois?
A preocupação não vem da falta de confiança em suas habilidades, muito pelo contrário. Temo é que este paÃs, onde a arte não é valorizada, perca mais um talento. Vi o desenvolvimento dessa menina no ballet, que veio do Acre para o EspÃrito Santo e foi cair justamente na escola que eu dançava.
Com muita determinação ela alcançou o reconhecimento no cenário local. Mas não era o bastante para ela. Passou na prova do Bolshoi (quase que um vestibular) e para lá foi, fazer o curso se que encerra depois de anos de aprendizado. Não sabemos se ela será convidada para integrar algum grupo ou dançar por alguma companhia.
O certo é que sua famÃlia já gastou o que podia, e não podia, para manter Nine em Joinville-SC (onde funciona o Bolshoi Brasil). A questão é os personagens podem mudar, mas a história é comum a muitos.
PatrocÃnio? Ajuda financeira? Praticamente zerada… mas o sonho dessas pessoas não termina e vão lutar para continuar dançando nos palcos por aÃ! O que quero dizer nesse post é que querer levar uma vida de bailarina no Brasil é difÃcil, aliás, muito difÃcil. Não se vê nenhum auxÃlio financeiro por mais que se corra atrás. Tem que ter muita determinação: é a arte de querer fazer arte!      Â
O insuportável mundo dos bastidores
Um dia desses, mais precisamente na semana passada, assisti ao filme “Sob a Luz da Fama” (Center Stage), de Nicholas Hytner, com Amanda Schull e Peter Gallagher. Já o tinha visto antes, mas minha irmã ganhou uma cópia e então resolvi revê-lo, o que foi muito bom, pois  gerou assunto aqui para o blog.Â
No filme é retratada a vida de alguns bailarinos que, após um tempo de aulas na fictÃcia renomada Companhia de Dança Americana (bem parecida com American Ballet…), farão uma apresentação. Os que ficarem com os melhores papéis, ganham destaque e a chance de ali permanecerem. Ao restante, é continuar correndo atrás do lugar ao sol.
Mas bem, a questão é que o filme retrata os constantes atritos desse mundinho (nesse caso, usei o pejorativo mesmo). Briguinhas, discussões e INVEJA são corriqueiros no ambiente da dança, e hipócrita é o que não reconhece isso. O mais interessante de tudo, e que o filme me fez perceber, é que nada muda de uma escola internacionalmente conhecida para uma pequena, localizada, por exemplo, em Jardim da Penha (bairro de Vitória – ES), onde, não por acaso, eu faço aula. Â
Claro que em todo lugar há pessoas mesquinhas e que são capazes de passar por cima das outras para conquistar o que desejam. Mas como vivo neste mundo, é ali que percebo todo o problema. As pessoas não se ajudam, o que claramente, atrapalha o desenvolvimento da dança.
Receita
Como havia prometido no post anterior, aqui vai a receita do doce Pavlova. Para quem está um pouco perdido: sim, é isso mesmo! A bailarina, por sua leveza, inspirou a criação do doce, leve como ela.
Receita
Ingredientes
4 claras de ovos
250g de açúcar
2 colheres (chá) de Maisena
1 colher (chá) de vinagra branco
250ml de creme de leito fresco batido em chantilly
1 pitadinha de sal
Morangos, kiwis, amoras para acompanhar
Modo de fazer
Coloque as claras na tigela da batedeira, adicione uma pitadinha de sal e bata em velocidade baixa, até que comecem a espumar. Aumente a velocidade e continue batendo. Quando estiverem bem firmes, junte gradualmente o açúcar, batendo após cada adição, até o merengue ficar espesso e brilhante. Com uma colher, misture ao merengue, delicadamente, o amido de milho (maisena) e o vinagre.
Num tabuleiro forrado com papel vegetal, desenhe um cÃrculo com cerca de 20cm de diâmetro e ali dentro espalhe uniformemente o merengue, como se fosse um bolo. Se quiser, use um saco de confeitar. Achate ligeiramente o topo com uma espátula e alise os lados. Asse em forno baixo (150ºC), pré aquecido, por cerca de 30 a 40 minutos até a parte externa ficar estaladiça.Â
Apague o forno e deixe esfriar lá dentro, com a porta entreaberta. Depois de frio, cubra com chantilly. Distribua frutas e sirva a Pavlova gelada.
O site Club Paulistano trás uma variação desta receita com uma calda e ainda serve com sorvete. Vale a pena conferir também.
Comidinha!
Não é de hoje que o ballet clássico inspira eternos apaixonados e desperta emoções. Mas nunca tinha visto ser fonte de inspiração para comida. Pois bem, aconteceu. Lendo o jornal “Estado de São Paulo“, na quinta-feira, uma matéria me chamou especial atenção. No caderno Paladar (que fala de gastronomia), tinha uma foto de Anna Pavlova (grande bailarina clássica dofinal do século XIX e inÃcio do XX) dançando Lago dos Cisnes. E olha que legal, a notÃcia de que sua leveza havia inspirado a criação de um doce.
Aliás, a paternidade do doce até hoje é contestada por Nova Zelândia e Austrália. Os primeiros dizem que a inventaram em 1927 e os australinos dizem que eles são os verdadeiros donos da receita, inventada em 1935.
Como eu não sei cozinhar, meus dotes são outros (mais precisamente a arte de degustar comidas gostosas), eu ainda não fiz a receita. Mas tudo leva a crer que é boa, afinal, como eu sempre digo para mim mesma antes de tentar fazer algo na cozinha “Mariana, juntando um monte de coisas boas não tem como sair uma coisa ruim”. E a receita é isso mesmo, várias coisas gostasas juntas! É um doce.
Foi aà que eu achei no mÃnimo engraçado. As muitas bailarinas que lêem este blog terão que se segurar, porque não podem sair comendo doce por aà adoidadas! Quanto aos homens, para eles é sempre mais fácil emagrecer.
Bem, vou deixar a receita para quem quiser no próximo post.Â